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SUSANA RIBEIRO MELHORA NA BÉLGICA E PREPARA ASSALTO AO BRITISH OPEN

SUSANA RIBEIRO MELHORA NA BÉLGICA E PREPARA ASSALTO AO BRITISH OPEN

Depois de um bom início de época no Ladies European Tour Access Series (LETAS), Susana Ribeiro falhou três cuts seguidos, mas teve agora uma reação positiva na Bélgica e poderia ter alcançado um primeiro top-10 na temporada.

“No primeiro dia joguei bastante sólido e sentia que depois deste resultado estaria a lutar pela vitória”, disse a profissional do Skip Golfe à Tee Times Golf, referindo-se à primeira volta de 73 pancadas, 1 acima do Par do Royal Bercuit Golf Club, em Grez-Doiceau, na Bélgica.
Talvez por poucas semanas antes Pedro Figueiredo também ter conquistado um torneio da segunda divisão europeia (masculina) na Bélgica, acreditou-se que Susana Ribeiro poderia mesmo obter o melhor resultado da sua carreira.

Mas no final dos três dias terminou o Belfius Ladies Open, de 40 mil euros em prémios monetários, no grupo das 42.ª classificadas, com 229 pancadas, 13 acima do Par, após voltas de 73, 80 e 76. Recebeu 292 euros de prémio e ascendeu ao 119.º lugar da Ordem de Mérito do LETAS.

Poderá não ter sido a classificação que a tricampeã nacional desejava, mas há aspetos positivos a retirar, sobretudo o regresso aos cuts passados e a capacidade de luta que demonstrou no segundo dia, tal como acontecera na segunda volta do primeiro torneio do ano, em França, onde também passou o cut “à queima”.

Regressando ao Belfius Ladies Open, no final do primeiro dia a portuguesa estava no 14.º lugar (empatada), a apenas 4 pancadas das líderes, a colombiana Laura Sanchez Zuluaga e a sueca Julia Engstrom.

Uma primeira volta difícil, que começou e terminou com bogeys, embora pelo meio houvesse 2 birdies e 1 bogey. Poucas vezes um resultado de +1 dá direito a um top-15 entre 115 jogadoras, mas o campo belga era bastante traiçoeiro.

“Encontrei um dos campos mais difíceis que alguma vez joguei. Bastante estratégico e estreito com muitos fora de limites”, analisou a jogadora de quase 28 anos.

Na segunda volta poderia ter passado do sonho ao pesadelo mas aguentou-se e mostrou espírito de sacrifício.

“No segundo dia comecei no buraco 10”, recorda. Cumpriu os primeiros nove buracos em +3, mas o pior estava para vir: “Entre o 18 e o 3 fiz 5 acima do Par. Passei de estar a lutar pela vitória, a lutar para manter-me em prova no dia seguinte”.

Poderia ter-se enervado, mas 1 birdie no buraco 4 animou-a e apesar de ainda perder mais 2 pancadas (no 5 e no 7), fechou a Par nos dois últimos buracos, “os mais difíceis do campo”.

Foi um susto, mas seguiu em frente, mas tombando do 14.º para o 44.º lugar, mesmo no limite do cut.

No último dia a ideia consistia basicamente em subir na classificação mas arrancou com 1 duplo-bogey no 10, seguido de bogey no 11. Temia-se novo desastre: “Tive um mau início porque falhei para o sítio errado”.

No entanto, retificou e nos 16 buracos seguintes foi bastante regular, com apenas mais 2 bogeys e 1 birdie, sendo de destacar ter jogado consecutivamente a Par os últimos 10 buracos, revelando estabilidade emocional: «Consegui jogar bem até ao final e subir algumas posições na tabela».

“Poderia ter tirado algumas pancadas a este resultado se não fosse a fraca conversão nos greens”, lamentou-se ainda nas redes sociais.

Para tirar partido da melhoria de rendimento, Susana Ribeiro não vai parar e volta de novo ao LETAS já no próximo dia 4, em Lugo, Espanha, onde se disputará o Ribeira Sacra Património de la Humanidad International Ladies Open, de 35 mil euros em prémios.

A tricampeã nacional tinha começado a segunda divisão europeia de 2018 em abril, com um 31.º lugar em França, no Terre Blanche Ladies Open, com 149 pancadas, 5 acima do Par, jogando voltas de 77 e 72, num torneio reduzido a 36 buracos devido aos fortes ventos que inviabilizaram a última jornada.

Mas de seguida, em maio, falhou o cut no VP Bank Ladies Open, na Suíça, a sua pior exibição do ano, terminando no grupo das 109.ª e últimas classificadas, com 153 (78+75), +9.

A paragem de um mês não foi positiva mas a decisão de jogar três torneios em junho está agora a dar os seus frutos.

No ViaPlay Ladies Finnish Open, no Messila Golf, em Lahti, na Finlândia, falhou o cut no grupo das 80.ª classificadas, com 156 (80+76), +12.

“Na Finlândia não comecei nada bem, com 1 duplo bogey no buraco 1 e um triplo bogey no buraco 2. Apesar do resultado final não ter sido positivo, não refletiu nada a forma como joguei. Além destes dois buracos “desastrosos” só faltaram os birdies para recuperar”, explicou.

Depois, no Lavaux Ladies Championship, no Golf de Lavaux, em Puidoux, na Suíça, desperdiçou uma boa oportunidade por ser um evento importantíssimo, com 50 mil euros em prémios e mais pontos em jogo.

Ainda por cima, tinha começado de forma positiva, no 24.º posto, mas no dia seguinte caiu para 58.ª, sendo eliminada por 3 pancadas, totalizando 150 (72+78), +6: “Joguei muito bem no primeiro dia, mas no segundo falhei alguns fairways e greens e o putt não ajudou para recuperar”.

Com apenas cinco torneios até ao final da temporada neste circuito, o importante agora é melhorar o rendimento competitivo.

Infelizmente, embora ainda sem confirmação oficial, tudo indica que não haja Açores Ladies Open pela primeira vez em oito anos, pelo que nem no fator casa Susana Ribeiro poderá contar.

No entanto, este resultado mais positivo na Bélgica leva-a a olhar para outros objetivos com esperança, como seja a pré-qualificação do British Open, agendada para Hankley Common, em Inglaterra, a 16 de julho.

Ser a primeira profissional portuguesa a jogar um Major é uma motivação enorme e este ano o Ricoh Women’s British Open joga-se no St. Annes Old Links Golf Club, em Inglaterra, a partir de 30 de julho.

Autor: Hugo Ribeiro

Lisboa, 3 de Julho de 2018

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