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Lima e ‘Figgy’ perseguem recorde luso no Challenge

Lima e ‘Figgy’ perseguem recorde luso no Challenge

Filipe Lima e Pedro Figueiredo deram um passo importante para fazerem história no golfe português, no sentido de termos pela primeira vez, na mesma época, dois jogadores a qualificarem-se para o European Tour, via Challenge Tour.

Para isso é necessário que ambos terminem a temporada de 2018 entre os 15 primeiros classificados da Corrida para Ras Al Khaimah. Em 2011 esteve quase a suceder, mas enquanto Ricardo Santos fechou essa época em 4.º, Filipe Lima foi 23.º.
É esse o recorde perfeitamente acessível que ambos perseguem e esta semana Pedro Figueiredo manteve o 7.º lugar no ranking do Challenge Tour, a segunda divisão europeia, enquanto Filipe Lima ascendeu do 24.º ao 18.º lugar.

Uma consequência benéfica dos seus resultados recentes, sobretudo no Challenge da Suécia, onde terminaram ambos no top-10, sendo apenas a segunda vez nesta época que dois portugueses terminam nessa elite de um torneio do Challenge Tour, depois de Lima, Tiago Cruz e Figueiredo terem feito o mesmo no Open de Portugal, em maio.

“Figgy” vem de dois top-10 consecutivos em torneios do Challenge Tour. Foi 8.º (empatado) no Euram Bank Open, na Áustria, de 180 mil euros em prémios monetários; e depois 10.º (empatado) no Swedish Challenge, obviamente na Suécia, de 200 mil euros em prize Money, onde embolsou, respetivamente, 4.440 e 4.067 euros.

Foi o quinto top-10 do atleta do Sport Lisboa e Benfica em 13 torneios disputados, uma média apreciável, fazendo cada vez mais lembrar a sua época de 2017, na qual militou no Pro Golf Tour (um das terceiras divisões europeias), com 13 top-10 em 21 torneios jogados, tendo falhado apenas um cut durante todo o ano.

Também em 2018 ainda só falhou dois cuts no Challenge Tour, mostrando que a regularidade, uma das suas armas lendárias nos seus tempos de golfista amador, está aos poucos a regressar.

Aliás, prova disso é a capacidade que tem demonstrado quase sempre de fazer resultados aceitáveis ou até mesmo bons, quando não joga tão bem quanto desejaria – um traço dos campeões.

«Foram dois resultados positivos, dois top-10, o que é sempre bom, mas confesso que o jogo não esteve a cem por cento! Não me senti especialmente confiante, sobretudo com as madeiras, mas nem por isso deixei de fazer oito voltas seguidas a Par ou abaixo do Par dos campos. É sinal de que mesmo quando não estou a jogar ao meu melhor nível, consigo fazer bons resultados», disse à Tee Times Golf o profissional do Quinta do Peru Golf & Country Club.

Com efeito, “Figgy” totalizou 268 pancadas, 12 abaixo do Par do Golfclub Adamstal, em Ramsau, na Áustria, após boas voltas de 69, 67, 64 e 68, e depois no Challenge da Suécia, no Katrineholms Goflklub, em Katrineholm, somou 279 (68+72+68+71), -9.

Note-se que 12 abaixo do Par é o seu segundo melhor resultado agregado de toda a época e -9 é o quarto melhor resultado. Isto sem se sentir ao seu melhor. Só quando conquistou o seu único título de carreira no Challenge Tour, o KPMG Trophy, na Bélgica, em junho, fez melhor, com -22.

«Acho que os dois campos destes dois últimos torneios também me ajudaram porque não eram compridos e na maioria dos buracos não era obrigatório sair de madeiras. Eu costumo jogar bem com os ferros e tirei partido disso. O campo austríaco era muito acidentado, montanhoso, bastante estreito, sendo o principal manter a bola em jogo com a pancada de saída. Eu fiz isso bem, fiquei com ferros curtos para os greens e fiz muitos birdies. O campo sueco era diferente, quase ao estilo de links, com a relva dura a bola a rolar bastante. Não era estreito, mas como a bola rolava muito não era necessário usar muitas madeiras. A defesa deste campo eram os greens bastante pequenos e duros. Eu sinto-me confortável nestes campos em que é importante bater bem os ferros no shot ao green. E depois, “patei” relativamente bem em ambos os torneios», analisou o jogador da Navigator.

De facto, mesmo sem se sentir no seu melhor, Pedro Figueiredo fez 18 birdies e 1 eagle na Áustria e 18 birdies na Suécia. Dois campos, como se viu, bem distintos e a regularidade exibicional do costume.

Há duas semanas escrevemos aqui, no “Record”, que Pedro Figueiredo e Filipe Lima andavam a cotar-se como autênticas máquinas de birdies e veja-se como neste mesmo último torneio, no Challenge da Suécia, Lima esteve ainda melhor do que o seu compatriota, com 20 birdies e 1 eagle.

Daí que o campeão nacional tenha ficado ainda melhor classificado, em 7.º (empatado), com 278 pancadas, 10 abaixo do Par, após voltas de 70, 69, 74 e 65. O resultado de -7 no último dia foi a segunda melhor volta do dia. Foi uma jornada de raiva e Lima só não lutou pelo título porque os putts não entraram na penúltima ronda.

«Fiquei amargurado após a terceira volta porque foi uma das minhas melhores exibições do ano, não falhei shots, mas os putts não entravam e, ainda por cima, acabei com 1 duplo-bogey. Ficou-me atravessado. No Domingo tinha vontade de mostrar do que era capaz», explicou à Tee Times Golf.

O português residente em França poderia neste momento já estar no top-15 do ranking que no final do ano se qualifica para o European Tour, se não tivesse optado por andar metade da época a dividir as suas atenções entre a primeira e a segunda divisão europeia: 5 participações no European Tour e 12 no Challenge Tour.

Por exemplo, enquanto “Figgy” somava mais pontos para o ranking na Áustria, Lima estava na Alemanha a competir no European Tour, no Porsche European Open, onde esteve de novo em bom nível, terminando em 22.º (empatado), uma prova em que Ricardo Melo Gouveia falhou o cut.

Para jogadores profissionais os prémios são importantes e se o 7.º lugar na Suécia valeu-lhe 5.600 euros, o 22.º na Alemanha rendeu-lhe 21.400 euros. É no European Tour que se ganha!

«O Green Eagle Golf Course, em Hamburgo, estava em condições cinco estrelas e é bom para o meu jogo de drive. Mas embora o resultado tenha sido bom, poderia ter sido melhor», admitiu, depois de agregar 284 pancadas, 4 abaixo do Par, após voltas de 70, 71, 74 e 69. Uma vez mais, uma penúltima volta menos conseguida originou uma boa última ronda.

Olhando para a temporada de Lima o que surpreende é a sua regularidade, independentemente do circuito em que joga, com 13 cuts passados em 17 torneios disputados, tendo superado sucessivamente os últimos seis cuts. No ano passado, por exemplo, não conheceu uma série tão boa.

«No inverno fiz uma preparação de pré-temporada, com os meus treinadores, para atingir um pico de forma nesta fase. Pensei que precisava de fazer um ataque forte neste final de época. E se é certo que ainda não ganhei nenhum torneio, sinto que não ando muito longe de fazê-lo», afirmou, ele que foi 2.º no Open de Portugal.

Nenhum deles joga esta semana o Vierumäki Finnish Challenge, de 180 mil euros em prémios monetários, Figueiredo para descansar uma semana e Lima por estar no Europeu em Glasgow, com Ricardo Santos.

No Challenge da Finlândia, que é também o Open nacional deste país, só irão competir a partir de quinta-feira João Carlota e Tomás Bessa, este último vindo do Des Iles Borromées Open, em França, do Alps Tour, onde falhou o cut, com 3 acima do Par.
Por Hugo Ribeiro

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