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Dois Tomás campeões no Penina

Dois Tomás campeões no Penina

Tomás Bessa conquistou o seu primeiro título como profissional no Open da Final do Circuito PT Empresas, enquanto Tomás Melo Gouveia venceu o Pro-Am de dois dias associado ao amador espanhol Sergio Garcia Leanizbarrutia.

A Final do Circuito PT Empresas foi organizada pela PGA de Portugal no Penina Hotel & Golf Resort, um antigo palco do Open de Portugal, situado no concelho de Portimão, distribuindo 7500 euros em prémios monetários.
“É uma vitória muito especial, num campo que adoro e na presença de grandes jogadores portugueses, outrora referências para mim. Estou muito feliz e motivado”, disse Tomás Bessa, profissional há pouco mais de um ano, depois de somar 137 pancadas, 9 abaixo do Par do Sir Henry Cotton Championship Course, com voltas de 67 e 70.

O português de 22 anos necessitou de 1 birdie no último buraco para assegurar o primeiro prémio de 1.150 euros, batendo por 1 única pancada o ex-bicampeão nacional, Tiago Cruz, que assinou voltas de 68 e 70, levando para casa 800 euros.

No entanto, talvez tenha sido importante para Tomás Bessa não saber de que necessitava mesmo daquele birdie para o seu primeiro título: “Não tinha noção nenhuma de como viriam os meus competidores mais próximos. Por isso, concentrei-me em aproveitar todas as oportunidades e dar o máximo em todos os shots”.

Com adversários da craveira de Ricardo Santos (4.º com -6), Tomás Silva (3.º com -7), João Carlota (6.º com -4) e Tomás Melo Gouveia (8.º com -3), todos habituados a jogar em circuitos europeus ao longo da época, o triunfo de Tomás Bessa foi ainda mais saboroso e percebeu-se algum nervosismo. Depois de uma primeira volta com 6 birdies e sem qualquer bogey, Tomás Bessa teve uma segunda volta inconstante, com 4 bogeys, mas também com 5 birdies e até 1 eagle.

“No primeiro dia senti-me muito bem, calmo e sólido. Foi um dia muito bem conseguido a todos os níveis e faltou apenas alguma sorte em certos putts para ser perfeito. No segundo dia, apesar de o resultado ter sido bom, houve alguns altos e baixos derivados de alguma ansiedade, mas um bom back nine possibilitou-me fazer um bom score”, admitiu o profissional da Kankura Golf.

“O Penina é um campo onde já obtive bons resultados como amador embora nunca tivesse ganho lá anteriormente. É um campo que conheço bem por ser um dos mais jogados no Portugal Pro Golf Tour e o meu tipo de jogo adequa-se bem àquilo que são as exigências do campo. Sendo o campo da minha primeira vitória como pro torna-o ainda mais especial. As condições de jogo estiveram muito boas, os greens bons, mas não no seu melhor. O tempo esteve perto de estar perfeito no cômputo geral, com apenas alguma chuva no início da segunda volta”, afiançou Tomás Bessa, que em 2018 competiu em algumas provas do Challenge Tour e do Alps Tour, prosseguindo a sua evolução como profissional.

Mas se para Tomás Bessa foi o seu primeiro título profissional, para o espanhol Sergio Garcia Leanizbarrutia ganhar em Portugal – onde tem uma residência – é um bom hábito que mantém.

No ano passado, este jogador com handicap 13,8 EGA já tinha conquistado a Final do Circuito PT Empresas, então disputado no Guardian Bom Sucesso Golf, emparceirando com o profissional Pedro Figueiredo.

Este ano revalidou o título do Pro-Am, mas tendo como parceiro o profissional Tomás Melo Gouveia, que em 2018 brilhou no Pro Golf Tour, uma das terceiras divisões do golfe profissional europeu.

Sergio Garcia Leanizbarrutia tinha-se qualificado para a Final ao vencer em setembro a etapa do Centro do Circuito PT Empresas, no Guardian Bom Sucesso, em Óbidos, ao lado de Tomás Bessa e da amadora Bárbara Polzot.

E antes disso, o espanhol que tem o mesmo nome do vencedor do Masters de 2017 já tinha integrado a equipa 2.ª classificada no Pro-Am do Open de Portugal @ Morgado Golf Resort, do Challenge Tour.

Jogar um Pro-Am com Sergio Garcia Leanizbarrutia começa a ser sinónimo de vitória e desta feita ele e Tomás Melo Gouveia ganharam com 126 pancadas, após duas voltas de 63 (no sistema de FourBall Agregada Medal Net).

«A nossa vitória deu-me muito gozo. Nunca estive perto de ganhar um Pro-Am e estava curioso de ver como seria. Gostei muito da experiência mas mais ainda da felicidade do Sergio quando soube que ganhámos», disse o irmão mais novo de Ricardo Melo Gouveia.

Tomás, que tinha sido caddie de Ricardo no torneio anterior do European Tour, não deixou de acompanhar de longe o que ele fazia em Espanha: «Não consegui deixar de seguir o meu irmão no torneio em Valderrama. Era para ter ido lá a semana toda mas não consegui. Sabia que era uma semana muito importante para ele e quis seguir de perto mesmo estando longe».

Tomás Melo Gouveia, a jogar a sua primeira época completa como profissional, não sabia quem era o seu parceiro, mas gostou do que viu: «Gostei muito de jogar com o Sergio, é uma pessoa espetacular, um grande parceiro e jogador que viu-se perfeitamente que é completamente apaixonado por este desporto».

O antigo bicampeão nacional amador julga que ambos conjugaram na perfeição durante dois dias: «Demos o mesmo contributo à equipa porque no primeiro dia o Sérgio jogou muitíssimo bem, penso que fez 4 birdies gross, e foi quem contribuiu mais nesse dia.

«No segundo dia o Sérgio não jogou tão bem mas eu joguei melhor e consegui “aguentar o barco”, mas mesmo assim o Sérgio foi muito importante, porque nos buracos em que eu fiz bogeys ele fez ou birdie ou Par. Funcionámos muito bem como equipa».

No 2.º lugar do Pro-Am da Final do Circuito PT Empresas terminou a formação do campeão nacional de seniores, o profissional Elídio Costa, com o amador Jorge Torres, que somou voltas de 68 e 62, para um agregado de 130 pancadas.

Também com 130 pancadas, mas com piores segundas voltas dos 2.º classificados ficaram Tomás Bessa/Luís Correia Pires (66+64), António Sobrinho/Élio dos Santos (64+66), e Vítor Lopes/Miguel Tavares Jr. (63+67).

Desde o ano passado que a PGA de Portugal deliberou fazer coincidir a Final do Circuito PT Empresas com um Open do PGA Portugal Tour.

É uma oportunidade única de cada amador viver de perto dois dias de competição de profissionais a lutarem pelo título de um Open.

Tomás Melo Gouveia, o vencedor do Pro-Am, sancionou positivamente o sistema de jogo: «Gostei muito deste formato. Acho que favorece muito mais os amadores e os profissionais.

«Os amadores por conseguirem uma relação mais próxima com o profissional e os profissionais por proporcionarem uma experiência mais positiva e pessoal aos amadores, e também por ser uma modalidade mais rápida».

Texto: Hugo Ribeiro

Lisboa, 26 de outubro de 2018

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