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Comunicado da Federação Portuguesa de Golfe

Comunicado da Federação Portuguesa de Golfe

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FPG repudia sem reservas atos de vandalismo praticados no campo de golfe do Paço do Lumiar.

Na noite de ontem, quarta-feira, dia 12 de outubro, membros do Climáximo, organização que se apresenta como um “coletivo aberto, horizontal e anti-capitalista”, invadiram o Campo de Golfe do Paço do Lumiar, em Lisboa, e vandalizaram as respetivas instalações através do enchimento de vários buracos com cimento.Depois dos atos de vandalização em tudo semelhantes perpetrados no passado mês de julho no Oeiras Golf Club, também na região da Grande Lisboa, elementos do Climáximo voltam agora a danificar propriedade privada e alheia tendo como base mitos e preconceitos ideológicos que muito, e injustamente, têm estigmatizado o Golfe.

A Federação Portuguesa de Golfe (FPG) condena inequivocamente este tipo de atuação, ilegal e injustificada, aproveitando ainda para esclarecer alguns mitos e equívocos que têm apresentado o golfe como uma modalidade elitista e ainda como um dos principais responsáveis pela grave crise hídrica que o país atravessa há décadas.

A FPG vem por este meio repudiar de forma clara e inequívoca a nova ação de vandalismo organizada e posta em prática por ativistas do autodenominado coletivo “anti-capitalista” Climáximo no campo de golfe do Paço do Lumiar, em Lisboa. Através da mimetização dos atos de vandalismo que já tinham sido praticados em julho passado no Oeiras Golf Club, os membros do Climáximo invadiram o campo de golfe lisboeta na última quarta-feira e inutilizaram alguns buracos do respetivo percurso através de enchimento de cimento.

Como justificação para estes atos de danificação de propriedade privada absolutamente reprováveis e ilegais, e segundo comunicado oficial divulgado pelo próprio coletivo, foi apresentado como argumento principal que “estes espaços, dentro da cidade, ao invés de serem convertidos em floresta, habitação, hortas urbanas, ou dados qualquer tipo de uso público, servem para o luxo dos ricos, à custa de uma quantidade absurda de água”. Ora, esta frase encapsula precisamente dois dos maiores equívocos e mitos que têm estigmatizado o Golfe ao longo dos últimos anos, apresentando-o, injustamente, como uma modalidade elitista e, porventura mais grave ainda, como um dos grandes responsáveis pela grave crise hídrica que o país enfrenta há décadas.

Relativamente à questão de o Golfe ser apontado regularmente como um dos grandes culpados pela situação de seca crónica que o país tem enfrentado nos últimos anos, isso já só poder ser explicado por puro desconhecimento ou preconceito ideológico, sendo de elementar justiça deixar bem claro: é um dado absolutamente falso que o setor do Golfe é um dos maiores consumidores de água em Portugal. Para provar isto mesmo basta ter em conta, apenas a título de exemplo, que no que ao consumo de água por parte dos campos de golfe concerne, no Algarve – uma das regiões mais procuradas por golfistas nacionais e internacionais, que enfrenta enormes desafios na área dos recursos hídrico -, apenas 6,4% do total de água consumido localmente é da responsabilidade do Golfe, sendo que os setores que mais água consumem na região são o agrícola, com 56,8%, seguindo-se o consumo urbano com 33,9%.

Em relação ao Campo de Golfe do Paço do Lumiar em particular, o local escolhido pelo Climáximo para mais uma ação de vandalização sem justificação ou razão plausível, a injustiça e falta de justificação para uma atuação nestes moldes revela-se ainda mais injusta. Estamos a falar em concreto num clube de golfe que, desde a sua construção, teve como farol orientador preocupações ambientais e de sustentabilidade. De facto, estamos a falar de um campo de golfe implantado numa zona da cidade de Lisboa onde existia uma lixeira ilegal a céu aberto, sendo que desde a sua génese a grande prioridade foi transformar aquele local numa zona verde totalmente ecológica. Nesse sentido, foram criadas ‘in loco’ bacias de retenção da água das chuvas (lagos) para que as mesmas sejam a única e exclusiva fonte de irrigação do campo. Ou seja, estamos a falar de um campo que, desde que foi inaugurado, em 2002, nunca utilizou sequer uma gota de água que não a recolhida nas bacias de retenção. Junte-se a isto o facto de o Campo de Golfe do Paço do Lumiar utilizar um tipo de relva, denominado de ‘bermuda’, que não tem necessidade de ser regada nem sequer no verão.

Já relativamente ao chavão de traçar o perfil do Golfe como uma modalidade elitista e apenas reservada a alguns, nada poderia estar mais longe da verdade dos factos, sendo notório o crescimento de praticantes da modalidade em Portugal nos últimos anos, nomeadamente no setor feminino. A atestar a esta realidade de um verdadeiro processo de democratização do golfe em Portugal desencadeado nos últimos anos estão também diversas iniciativas recentes desencadeadas pela FPG, destacando-se o projeto inovador “9 Semanas e ½”, um programa de iniciação à modalidade criado e promovido pela FPG e ao qual estão associados 18 clubes de golfe do Continente e Ilha da Madeira, e que pretende precisamente desconstruir e desmistificar alguns preconceitos e estigmas normalmente associados ao Golfe e tornar a modalidade acessível a todos os interessados:, sejam eles homens ou mulher, pequenos ou graúdos.

Concluindo, a FPG volta a manifestar o seu total repúdio em relação a todos os atos de vandalismo nos campos de golfe portugueses, rejeitando ainda de forma clara e inequívoca as razões alegadas para justificar um tipo de atuação ilegal e a todos os níveis reprováveis e baseada em equívocos e mitos que não apresentam qualquer aderência com a verdade dos factos e a realidade no terreno.

 

Gabinete de Imprensa da Federação Portuguesa de Golfe

Miraflores, 12 de outubro de 2023

Fotografia © Federação Portuguesa de Golfe

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