
Alto Rendimento para três atletas da Seleção Nacional de Amadores
Daniel Rodrigues, Pedro Lencart e Pedro Silva juntam ao estatuto de Esperanças Olímpicas para Paris-2024 o regime de Alto Rendimento do IPDJ, algo que não sucedia com golfistas portugueses desde o início deste século.
Pela primeira vez desde há quase 20 anos, há atletas de golfe portugueses inseridos no regime de Alto Rendimento, atribuído pelo IPDJ (Instituto Português do Desporto e da Juventude), sob proposta da Federação Portuguesa de Golfe (FPG). São eles Daniel da Costa Rodrigues, Pedro Lencart e Pedro Silva.
Para este trio de craques do Club de Golf de Miramar e da seleção nacional, o novo enquadramento desportivo a que acabam de aderir vem na sequência da sua integração, em Janeiro, no programa de Esperanças Olímpicas, visando os Jogos Olímpicos de Paris em 2024, neste caso sob a alçada do Comité Olímpico Português (COP).
O critério para a admissão ao Alto Rendimento foi, precisamente, a sua entrada no Programa de Esperanças Olímpicas conforme o previsto nas grelhas de integração, ou seja, o WAGR (Ranking Mundial Amador).
A qualificação de “Dani” – atualmente n.º 60 mundial – para Esperança Olímpica permitiu que a ele se juntasse um grupo de treino, composto por mais dois atletas do mesmo escalão (sub18) ou do escalão imediatamente superior (sub-20).
Entrados no regime de Alto Rendimento, é toda uma gama de facilidades e apoios de que passam a beneficiar os três atletas, sobretudo em termos escolares e/ou universitários.
O presidente da FPG, Miguel Franco de Sousa, sublinha que esta é primeira vez, desde o final dos anos 90 e o princípio do século XXI, que golfistas portugueses adquirem o regime do Alto Rendimento.
“Nessa altura”, explica, “tinha a designação de Alta Competição e era muito mais facilitada do que é hoje. Em todos os desportos, havia muita gente e ter-se-ão cometido alguns abusos, nomeadamente no acesso à universidade. De maneira que houve um apertar da malha e hoje os critérios são extremamente exigentes: só em função de resultados claramente identificados nas portarias da lei que definem o regime de acesso.”
“É muito importante e um bom sinal que o trabalho que os clubes, os atletas, os treinadores e a própria FPG têm feito ao longo dos últimos anos possa ser considerado e rotulado como um trabalho orientado para o Alto Rendimento. Congratulamo-nos por termos agora estes três atletas neste regime”, acrescentou.
Daniel Rodrigues e Pedro Silva, campeão e vice-campeão nacionais absolutos em 2019, ambos de 17 anos, têm no entanto prevista a sua ida em Agosto para universidades nos Estados Unidos da América, o primeiro para a Texas A&M, o segundo para a de Mississipi State, onde, além dos estudos, irão competir pelas respetivas equipas de golfe.
Já Pedro Lencart, de 19 anos, campeão nacional em 2016 e 2018, vencedor do British Boys em 2017 e vice-campeão do Internacional Amador de Portugal em janeiro passado, quase sucedendo na lista de vencedores aos portugueses Vítor Lopes (2018) e Dani (2019), regressou a Portugal no último Verão depois de uma experiência de um ano lectivo na UCF (Orlando, Florida).
As Seleções Nacionais e Alto Rendimento (SNAR) têm o apoio financeiro do IPDJ.
Gabinete de Imprensa da Federação Portuguesa de Golfe
Lisboa, 14 de abril de 2020