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62.º Open de Portugal at Royal Óbidos – TOMÁS MELO GOUVEIA PELA PRIMEIRA VEZ NO FIM DE SEMANA

62.º Open de Portugal at Royal Óbidos – TOMÁS MELO GOUVEIA PELA PRIMEIRA VEZ NO FIM DE SEMANA

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O n.º3 nacional passou pela primeira vez o cut e mantém-se na luta pelo título, a 4 pancadas dos líderes, o escocês Ryan Lumsden e o francês Benjamin Hérbert. 2.ª volta adiada para amanhã.

Tomás Melo Gouveia qualificou-se hoje (sexta-feira), pela primeira vez, para o fim de semana no Open de Portugal at Royal Óbidos e manteve-se na luta pelo título. Apesar de ter caído do 6.º para o 11.º lugar, ainda segurou o resultado de 4 abaixo do Par com que vinha da véspera, estando a apenas 4 pancadas dos líderes, o escocês Ryan Lumsden e o francês Benjamin Hérbert.

O 62.º Open de Portugal at Royal Óbidos, com 270 mil euros em prémios monetários, é o mais importante torneio de golfe nacional e o único integrado no Challenge Tour, a segunda divisão do golfe profissional europeu.

A prova da Federação Portuguesa de Golfe (FPG) está a correr contra o tempo, depois do atraso matinal de quase quatro horas motivado pelo denso nevoeiro.

Isso fez com que tudo tivesse de ser suspenso às 19h47, numa altura em que 76 dos 152 jogadores ainda estavam em campo para concluir a segunda volta.

Há, portanto, metade dos jogadores que terão ainda de regressar bem cedo ao Royal Óbidos Spa & Golf Resort, logo às 8h15, para prosseguirem e concluírem a sua segunda volta, antes de efetuar-se o cut para os primeiros 60 (e empatados) classificados.

Só esses irão disputar a terceira e penúltima volta, espera-se que com saídas simultâneas de dois buracos a partir das 13h00.

Os jogadores que conseguiram chegar hoje a meio da prova, terão uma vantagem sobre os que forem levados a um desgaste físico e mental superior na jornada dupla de amanhã.

Esse será, contudo, o único obstáculo a ser ultrapassado e tudo leva a crer que não está em risco a realização das quatro voltas regulamentares até ao final de Domingo.

«Nesta fase não estou preocupado. Poderá ser apertado conseguirmos terminar toda a terceira volta amanhã e os líderes talvez fiquem com um ou dois buracos por jogar. Se for esse o caso, iremos terminar a terceira volta no Domingo e depois faremos a última volta. Não há previsões de mais interrupções, pelo que no Domingo deveremos terminar tudo a horas», assegurou Ben Groutage, o diretor de torneios do Challenge Tour e também deste Open de Portugal at Royal Óbidos.

Com estas contingências, só dois portugueses lograram concluir as duas primeiras voltas do torneio: Tomás Melo Gouveia e Vasco Alves.

Vasco Alves, com voltas de 77 e 72 pancadas, 7 acima do Par no resultado agregado, sabe que foi eliminado nesta sua primeira participação na prova como profissional, embora tivesse-a jogado antes como amador.

Pelo contrário, Tomás Melo Gouveia estava, naturalmente, nas nuvens, com o seu resultado de 138 pancadas, 4 abaixo do Par, após voltas de 67 e 71, que deixam-no no grupo dos 11.º classificados, empatado com outros oito jogadores.

«Especialmente para mim, que já joguei este torneio, sei lá quantas vezes… oito? São muitos anos a ter este objetivo e a não consegui-lo. Por isso, é sem dúvida muito especial passar o cut e estar bem classificado, para ter hipóteses no fim de semana», disse o português de 30 anos, que tem levado como caddie a sua namorada, Leonor Bessa, uma antiga campeã nacional de golfe, agora convertida a ‘chef’ de sucesso.

O cut provisório continua fixado a Par do campo, com 79 jogadores dentro, incluindo os portugueses Ricardo Santos e Hugo Camelo.

Ricardo Santos, campeão nacional em 2011, 2016 e 2023, vai a Par do campo no buraco 7 da sua segunda volta, no grupo dos 56.º classificados.

Hugo Camelo vai ainda melhor e já está no seu 10.º buraco da segunda volta, com 3 abaixo do Par, resultado que coloca-o no grupo dos 20.º classificados. Poderá passar o cut pela primeira vez como profissional, depois de tê-lo feito como amador há dois anos.

A apenas 1 pancada do cut está Vítor Lopes – o herói da edição de 2020, na qual chegou a liderar as primeiras três voltas –, que surge em 80.º empatado, com 1 acima do Par.

Entretanto, lamenta-se a desistência de Tomás Bessa, o 6.º classificado (-12) de 2022, no 11.º buraco do campo, o segundo da sua segunda volta. Ao dar um ‘shot’ do ‘rough’, sentiu de novo dor no pulso (e mão) esquerdo, reincidindo a lesão que levou-o a parar totalmente entre outubro do ano passado e setembro deste ano. O campeão nacional de 2020 não coloca de parte a hipótese de optar pela cirurgia.

Na frente do torneio, o líder na ‘clubhouse’ continua a ser o escocês Ryan Lumsden, que juntou uma volta sólida de 69 (-2) à de 65 (-6) de ontem, totalizando 8 abaixo do Par.

Saber lidar com a pressão, sobretudo quando se procura um primeiro título no Challenge Tour, como é o caso do português e do escocês, é fundamental em alto rendimento. Tomás Melo Gouveia admitiu que «jogar em casa traz sempre outra pressão», mas está a gerir bem a situação e o mesmo aconteceu com Ryan Lumsden, quando viu-se confrontado com a espera de quatro horas antes de ir para o campo.

«Tentei manter-me fresco, mexer-me um pouco, esquecer-me que estava num torneio de golfe. Também joguei xadrez de manhã, para manter a cabeça fora do golfe, porque quando nos fixamos na competição, é fácil deambularmos para pensamentos complicados durante uma longa paragem».

Pelos vistos deu resultado, mas tem dois jogadores a perseguirem-no pela margem mínima, com 7 abaixo do Par: o norte-americano Matt Oshrine (70+65) e o francês Pierre Pineau (68+67).

Pineau é um dos dois antigos campeões do Open em prova este ano. Em 2022 ganhou um play-off entre três jogadores franceses, graças a um putt de 15 metros no buraco 18. E apesar de ter feito um corte ligeiro num pé, parece cheio de força para tornar-se no primeiro jogador a vencer o Open de Portugal por duas vezes desde Paul Broadhurst em 2005 e 2006.

Mas o maior perigo da liderança de Ryan Lumsden até poderá vir de outro francês, Benjamin Hérbert, que nos tempos de amador foi campeão europeu e como profissional já conquistou o mais importante de todos os torneios desta segunda divisão europeia, a Rolex Challenge Tour Grand Final Supported by the R&A, há exatamente dez anos, quando a prova decorria no Dubai.

Hérbert está igualmente com um agregado de 8 pancadas abaixo do Par, como Lumsden, mas recomeça amanhã a segunda volta no buraco 9. Com condições mais benignas de jogo, como está previsto, e greens menos pisados, poderá aproveitar para saltar para a frente da classificação nos quase 10 buracos que tem pela frente.

«Estou bem contente com este início de segunda volta (4 birdies em oito buracos) e estou a sentir o meu jogo em boa forma já há alguns meses. Tenho estado a apreciar o campo, não é fácil, mas parece que o vento vai diminuir de intensidade e tornar-se-á mais acessível. É verdade que de manhã cedo a bola não viajará tão longe como à tarde, mas iremos apanhar greens frescos e isso será uma vantagem, porque esta tarde os greens já estavam bem pisados. Para mais, com os greens macios como têm estado, poderemos ser mais agressivos», disse Hérbert.

Os principais resultados após a segunda jornada e as classificações de todos os jogadores portugueses foram os seguintes:

1.º Ryan Lumsden (Escócia), 134 (65+69), -8.
1.º Benjamin Hérbert (França), -8 (67 na primeira volta, vai no 9 da segunda).
11.º (empatado), Tomás Melo Gouveia, 138 (67+71), -4.
20.º (empatado), Hugo Camelo, -3 (70 na primeira volta, vai no 10 da segunda.
56.º (empatado) Ricardo Santos, Par (71 na primeira volta, vai no 7 da segunda.
80.º (empatado) Vítor Lopes, +1 (73 na primeira volta, vai no 11 da segunda).
96.º (empatado) Alexandre Abreu, +2 (72 na primeira volta, vai no 11 da segunda).
96.º (empatado) Pedro Figueiredo, +2 (73 na primeira volta, vai no 7 da segunda).
123.º (empatado) Pedro Lencart, +5 (75 na primeira volta, vai no 10 da segunda).
123.º (empatado) José Miguel Franco de Sousa, +5 (75 na primeira volta, vai no 3 da segunda).
134.º (empatado) Miguel Cardoso, +6 (72 na primeira volta, vai no 3 da segunda).
134.º (empatado) Diogo Rocha, +6 (77 na primeira volta, vai no 4 da segunda).
140.º (empatado) Vasco Alves, 149 (77+72), +7.
145.º Pedro Almeida, +9 (79 na primeira volta, vai no 7 da segunda).
150.º João Pereira, +15 (83 na primeira volta, vai no 5 da segunda).
151.º Afonso Oliveira, +19 (85 na primeira volta, vai no 4 da segunda).

Note-se que Miguel Cardoso, José Miguel Franco de Sousa, Diogo Rocha, João Pereira e Afonso Oliveira são amadores e estão a fazer a sua estreia, quer no Open de Portugal at Royal Óbidos, quer em eventos do Challenge Tour.

Gabinete de Imprensa da Federação Portuguesa de Golfe

Miraflores, 13 de setembro de 2024

Fotografia © Rodrigo Gatinho / Federação Portuguesa de Golfe

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