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X ‘Match’ Espanha-Portugal – Seleção nacional perde em Huelva mas bate par campeão mundial

X ‘Match’ Espanha-Portugal – Seleção nacional perde em Huelva mas bate par campeão mundial

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Adriano Fonseca e Miguel Pinheiro, de 64 e 13 anos, foram os heróis, ao derrotarem os ilustres Raúl Toca e Jaime Herrera, no El Campanario Golf & Country House, nos arredores de Huelva
Portugal perdeu este Domingo pela oitava vez com a Espanha no 10.º confronto entre as duas seleções nacionais de pitch & putt, realizado nos últimos dois dias, no El Campanario Golf & Country House, em Estepona, nos arredores de Huelva.
Durante dois dias de sol e calor, praticamente sem vento, 12 dos melhores jogadores do mundo nesta especialidade de pitch & putt digladiaram-se num formato decalcado da Ryder Cup.
A Espanha, a jogar em casa, obteve um dos seus melhores resultados de sempre, ao vencer por 9-3, apesar da dupla campeã do Mundo ter sido derrotada por um par português.
Hugo Espírito Santo, que no último verão era o n.º1 mundial de pitch & putt e agora surge num bom 5.º lugar, esteve em nove dos dez duelos entre as equipas da Federação Portuguesa de Golfe (FPG) e da Real Federação Espanhola de Golfe (RFEG), e não tem dúvidas em afirmar que «este foi sem dúvida o ‘match’ mais difícil sempre, com as duas melhores seleções dos últimos 10 anos».

António Vasconcelos, o capitão da equipa portuguesa, fez uma análise semelhante: «A seleção espanhola foi, de longe, a melhor de sempre, com muita experiência em pitch & putt e, realmente, não nos deu grandes hipóteses. Quanto a Portugal, esta terá sido a seleção mais forte que já trouxemos a este ‘match’ mas, ao mesmo tempo, a mais inexperiente e a mais jovem de sempre».

A equipa espanhola, liderada por Andrés Pastor, apresentou cinco jogadores do top-10 mundial e seis do top-11 – uma autêntica fortaleza inexpugnável: O n.º1 mundial José Maria Ortiz de Pinedo, Juan Soler Espinosa (3.º), Fernando Cabezudo Pastor (4.º), Raúl Toca Pedrajo (6.º), Jaime Herrera García (8.º) e Juan Pedro Monjo Bossi (11.º).

Portugal fez-se representar, apesar de tudo, com dois atletas do top-10 mundial da IPPA (a Associação Internacional de Pitch & Putt): Hugo Espírito Santo (5.º) e Pedro Afonso Mendes (9.º). Completaram a equipa Tomás Ribeiro (17.º), Miguel Pinheiro (20.º), David Aguiar (30.º) e Adriano Fonseca (38.º).

Tradicionalmente, Espanha é mais forte do que Portugal e a seleção nacional venceu apenas por duas vezes, em 2014 e 2016, ambas as edições na Quinta das Lágrimas, em Coimbra.

Sabia-se, por isso, que este X Match Portugal-Espanha de Pitch & Putt seria muito complicado, mas no final do primeiro dia havia ainda alguma esperança.

«Nos pares ainda demos alguma luta, mas a nível individual notou-se a superior experiência dos jogadores espanhóis», admitiu António Vasconcelos.

No Sábado de manhã jogou-se em ‘fourball’ (quatro bolas em jogo) e a Espanha triunfou por 2-1. O ponto nacional foi averbado por Tomás Ribeiro e Pedro Afonso Mendes sobre Juan Pedro Monjo Bossi e Juan soler Espinosa por convincentes 6/4.

À tarde foi a vez dos ‘foursomes’ (pancadas alternadas) e a Espanha voltou a impor-se por 2-1. Desta feita o ponto de Portugal pertenceu a Adriano Fonseca e Miguel Pinheiro, que superiorizaram-se por 2/1 aos campeões mundiais de pares da especialidade, Raúl Toca Pedrajo e Jaime Herrera García.

Na manhã de Domingo, a vantagem espanhola de 4-2 não era insuperável, mas pressionava os portugueses a um esforço enorme nos ‘singles’ e não foi possível melhor do que dois empates: de David Aguiar com Juan Pedro Monjo Bossi e de Pedro Afonso Mendes com José Maria Ortiz de Pinedo.

De resto, foram quatro triunfos de Espanha em duelos de singulares, que provocaram o resultado final de 9-3, bem mais desvantajoso para Portugal do que o 7-5 com que tínhamos perdido há um ano na Quinta do Fojo, em Vila Nova de Gaia.

«Como capitão, é lógico que esperava um bocadinho mais, mas não deixo de estar contente pelo empenho de todos os nossos jogadores. Todos pontuaram para a seleção à exceção de um, que só não o fez por puro azar. É uma equipa jovem e inexperiente. O Miguel só tem 13 anos. O único com experiência era o Hugo. Todos os outros jogaram o ‘Match’ pela primeira vez e portaram-se muito bem. O nosso jogador mais velho tem 64 anos, o Adriano. Curiosamente, o mais novo e o mais velho até emparceiraram e bateram ontem os atuais campeões do Mundo de pares de pitch & putt. Essa foi a façanha desta seleção», sublinhou António Vasconcelos.

O capitão nacional é também o conselheiro da Federação Portuguesa de golfe para o pitch & putt e considera esta competição importante para o desenvolvimento da modalidade em Portugal, sobretudo agora que conta para o ranking mundial.

«É um ‘Match’ que faz-se há 11 anos (não se realizou em 2018) e desde o ano passado que passou a integrar o calendário da IPPA, fazendo parte do ranking mundial. É mesmo uma das provas mais importantes para além dos Mundiais», analisou.

António Vasconcelos tem-se afirmado nos últimos anos como um dos especialistas internacionais desta variante do golfe e não é por acaso que é o presidente do Comité de Competições e do Comité de Regras e Regulamentos da IPPA.

O dirigente português assegura que a «a IPPA está cada vez mais organizada. Há cada vez mais competições internacionais, com Opens em Portugal, Espanha, França, Itália, Rússia, este ano na Tunísia… está tudo em desenvolvimento e a FPG tem acompanhado tudo muito de perto. Temos crescido exponencialmente nos últimos três anos e todos reconhecem que a FPG está muito bem organizada».

No entanto, António Vasconcelos considera que há aspetos a melhorar do ponto de vista desportivo que poderão reforçar a seleção nacional.

«É algo que teremos de repensar, o tipo de treino que teremos de fazer na FPG, com o selecionador nacional, em termos de P&P. Temos de perceber como poderemos evoluir porque temos pouca experiência e temos de apostar mais no P&P. Afinal, esta é até a base do golfe, é o jogo dos últimos 100 metros», concluiu.

Os resultados completos do X ‘Match’ Espanha-Portugal de P&P foram os seguintes:

Espanha-Portugal, 9-3

Pares ‘Fourball’

Tomás Ribeiro/Pedro Afonso Mendes (Portugal)-Juan Pedro Monjo Bossi/Juan Soler Espinosa (Espanha), 6/4.

Raúl Toca Pedrajo/Jaime Herrera García (Espanha)-Adriano Fonseca/David Aguiar (Portugal), 3/2.

José Maria Ortiz de Pinedo/Fernando Cabezudo Pastor (Espanha)-Hugo Espírito Santo/Miguel Pinheiro (Portugal), 2/1.

Pares ‘Foursomes’

Adriano Fonseca/Miguel Pinheiro (Portugal)-Raúl Toca Pedrajo/Jaime Herrera García (Espanha), 2/1.

Juan Pedro Monjo Bossi/Juan Soler Espinosa (Espanha)-David Aguiar/Tomás Ribeiro (Portugal), 2/1.

José Maria Ortiz de Pinedo/Fernando Cabezudo Pastor (Espanha)-Hugo Espírito Santo/Pedro Afonso Mendes (Portugal), 3/2.

 

‘Singles’

 

David Aguiar (Portugal)-Juan Pedro Monjo Bossi (Espanha), empate.

Pedro Afonso Mendes (Portugal)-José Maria Ortiz de Pinedo (Espanha), empate.

Jaime Herrera García (Espanha)-Hugo Espírito Santo (Portugal), 3/1.

Fernando Cabezudo Pastor (Espanha)-Adriano Fonseca (Portugal), 4/3.

Raúl Toca Pedrajo (Espanha)-Tomás Ribeiro (Portugal), 3/1.

Juan Soler Espinosa (Espanha)-Miguel Pinheiro (Portugal), 5/4.

Gabinete de Imprensa da FPG

Lisboa, 09 de março de 2020

Fotografia das seleções de Portugal e Espanha © FPG

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