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RICARDO MELO GOUVEIA ÀS PORTAS DO TOP-100

RICARDO MELO GOUVEIA ÀS PORTAS DO TOP-100

Ricardo Melo Gouveia aproveitou as condições meteorológicas benignas no Gullane Golf Club para elevar o seu nível de jogo e conseguir, pela primeira vez este ano, somar quatro voltas consecutivas abaixo do Par num mesmo torneio do European Tour, somando o seu terceiro cut seguido em torneios da Série Rolex, um feito inédito na sua curta carreira.
O jogador do Team Portugal integrou o grupo dos 32.º classificados no Aberdeen Standard Investments Scottish Open, de 6 milhões de euros em prémios monetários, disputado em East Lothian.
E a classificação poderia ter sido ainda melhor, pois 2 bogeys nos dois últimos buracos custaram-lhe o 23.º lugar.

«Não fiquei satisfeito com aqueles 2 bogeys finais, porque estava a jogar muito bem e bastante confiante. No 17 foi o único mau swing que fiz e no 18 tive azar porque fui a um dos bunkers», explicou à Tee Times Golf.

Com quatro voltas consecutivas de 68 pancadas, Ricardo Melo Gouveia agregou 8 abaixo do Par do percurso composto que o Gullane Golf Club disponibilizou para o torneio (16 buracos do campo n.º1 e apenas 2 do campo n.º2). O português residente em Londres empatou com outros nove jogadores, entre os quais o ex-n.º1 mundial e antigo campeão do Portugal Masters, o inglês Lee Westwood.

«Não deixa de ser uma semana positiva. Senti-me bem com o meu jogo, consegui finalmente “drivar” bem e que estou no caminho certo», disse num balanço da prova.

É preciso recuarmos a outubro do ano passado para vermos a última vez em que o profissional da Quinta do Lago alinhou quatro voltas abaixo do Par, curiosamente – ou melhor dizendo, significativamente – também na Escócia, no famoso Alfred Dunhill Links Championship.

Ricardo Melo Gouveia gosta de traçados de características links (como é a maioria dos campos escoceses).

«O campo era um links puro, mas não muito difícil. Os greens eram mais ou menos planos, sem muitas lombas. A proteção deste campo era o vento e o tempo esteve bom, com pouco vento e calor e por isso os resultados foram tão baixos», analisou o português de 26 anos.

Com efeito, o Gullane Golf Club, fundado em 1882, mas com raízes históricas documentadas desde 1650, não apresenta um campo demasiado complicado para o golfe moderno, mesmo levando em conta que para a edição deste ano do Open da Escócia foram refeitos os tees dos buracos 9 e 17, bem como o green do buraco 7. É um campo agradável para qualquer amador, desde que evite os bunkers.

Não admira que em 2015, quando o clube acolheu pela primeira vez a prova, o norte-americano Rickie Fowller tenha ganho com 12 abaixo do Par, e este ano, face a menos vento, o sul-africano Brandon Stone tenha conquistado o seu terceiro título no European Tour com 20 abaixo do Par.

Nesse ano de 2015, Ricardo Melo Gouveia ainda competia no Challenge Tour, pelo que agora foi a primeira vez que jogou neste campo. Mas como gosta de jogar em links courses, o Open da Escócia é um daqueles torneios em que tem sempre passado o cut. Em 2017 foi 55.º no Dundonald Links e em 2016 29.º no Castle Stuart Golf Links.

Este 32.º lugar não foi, por isso, a sua melhor classificação de sempre na prova, mas foi extremamente importante ter, pela primeira vez, passado três cuts seguidos em torneios da Série Rolex, a categoria mais elevada de eventos do European Tour.

Nas semanas anteriores, o atleta olímpico português tinha sido 31.º (+1) no Open de França e 64.º (+3) no Open da Irlanda. Recorde-se que nos dois torneios anteriores da Série Rolex, o BMW PGA Championship e o Open de Itália, tinha falhado o cut. Foi uma melhoria significativa.

«Foram três semanas positivas, depois de uma semana na Alemanha bastante frustrante. Mesmo assim, sinto que no fim de semana poderia ter feito um pouco melhor em qualquer um destes três torneios e nesta última semana o meu jogo estava bastante melhor e mais sólido, à semelhança de 2015 e 2016 quando joguei o meu melhor golfe», declarou.

Há três meses, Ricardo Melo Gouveia tinha dito à Tee times Golf que o plano consistia em aproveitar a Rolex Series – onde há mais pontos em jogo – para cimentar uma posição no top-100 da Corrida para o Dubai. No final da época, os 100 primeiros deste ranking mantêm-se na primeira divisão europeia em 2019.

Esse objetivo não foi alcançado, tal como a qualificação para o British Open, o terceiro Major da temporada.

No entanto, o progresso tem sido evidente. O jogador do ACP Golfe chegou a figurar este ano no 113.º posto após o Open da China, em abril. Mas depois tombou para 146.º em junho.

Ora na Escócia ganhou um prémio de 43.348 euros, que, convertido em 50.610 pontos, permitiu-lhe subir ao 111.º lugar da Corrida para o Dubai (era 132.º na semana anterior).

Como o Open da Escócia foi o 29.º de 49 torneios do European Tour na presente temporada, há ainda boas hipóteses do jogador português da Srixon conseguir manter-se no European Tour.

Como não obteve o desejado passaporte para o British Open, Ricardo Melo Gouveia não irá competir esta semana, mas regressará depois ao European Tour a 26 de julho para o Porsche European Open, de 2 milhões de euros em prémios, nos Green Eagle Golf Courses, situado nos arredores de Hamburgo, na Alemanha, onde terá a companhia de Filipe Lima.

Quem conseguiu na Escócia os passaportes para o terceiro torneio do Grand Slam do ano foram o inglês Eddie Pepperell e o sueco Jens Dantorp, bem como o campeão da prova, Bradon Stone, que assinou voltas de 70, 64, 66 e 60, sempre a melhorar, tendo a última volta igualado o melhor cartão de sempre na história do European Tour.

O sul-africano de 25 anos tornou-se apenas no 18.º jogador a fazer 60 pancadas numa volta e unicamente o quarto a consegui-lo numa última volta para ganhar um torneio. Isso permitiu-lhe subir do 144.º ao 14.º lugar na Corrida para o Dubai.

Autores: Hugo Ribeiro / Tee Times Golf

Lisboa, 16 de julho de 2018

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