Open de Portugal at Royal Óbidos – Pedro Lencart dentro do ‘cut’ provisório
Não foi a estreia mais desejada, mas Pedro Lencart, o único amador a participar na 58.ª edição do Open de Portugal, não comprometeu as suas aspirações de jogar as quatro voltas no Royal Óbidos Spa & Golf Resort, em Óbidos. Com uma primeira volta em 73 pancadas, uma acima, o jovem jogador, de 20 anos, está no 57.º lugar do torneio liderado pelo português Vítor Lopes.
Num dia em que o vento chegou a atingir os 42 quilómetros/hora, o número um amador português assinou quatro ‘birdies’ e cinco ‘bogeys’ no traçado desenhado pelo saudoso Seve Ballesteros, que está a receber, pela primeira vez, o torneio da Federação Portuguesa de Golfe, pontuável para o European Tour e Challenge Tour.
“Não comecei muito bem, fiz ‘bogey’ no buraco dois e no três, mas depois consegui recuperar com um ‘birdie’ (buraco 7), antes de fazer outro ‘bogey’ (8) e virar com duas acima. Na segunda volta, senti que joguei bem, mas cometi dois erros, no buraco 14 e no 18, fui duas vezes ao lago, que não me deixaram acabar abaixo do Par”, explicou o amador, que teve o selecionador nacional, Nelson Ribeiro, como ‘caddie’.
Apesar das condições climatéricas difíceis, sobretudo o vento que “dificulta o controle da bola”, Lencart acredita que “é preciso ser mais consistente e diminuir o número de ‘bogeys’ para conseguir acompanhar o nível dos jogadores que estão a disputar a prova dotada de 500 mil euros em prémios monetários.
“Há situações que o campo não perdoa. Senti alguns nervos [no início], mas no buraco dois dei um mau ‘shot’ e tive que dropar e no buraco três, que é bastante difícil, não consegui dar o ‘shot’ perfeito e falhei um ‘putt’ curto para o Par. Estava um pouco nervoso, mas a partir daí consegui jogar o meu jogo e, se não tivessem sido alguns erros estratégicos, tinha feito uma volta melhor”, lamentou.
Embora considere que o “resultado de hoje não compromete” a qualificação para as últimas duas rondas, Pedro Lencart confessa não ter ficado satisfeito com a sua exibição naquela que é a sua segunda participação no Open de Portugal.
“Sinto que podia ter corrido melhor, que cometi erros que, ao nível em que quero estar, não posso cometer”, frisou, mostrando-se, contudo, motivado para o dia de amanhã. “Tenho de pensar melhor o campo, cada ‘shot, e tentar fazer uma volta abaixo do Par”, completou.
O Open de Portugal, cuja primeira edição no European Tour se jogou em 1973 no Penina Golf Course, à semelhança do Portugal Masters na última semana, está a decorrer à porta fechada, devido à pandemia provocada pela covid-19.
Gabinete de Imprensa da Federação Portuguesa de Golfe
Miraflores, 17 de setembro de 2020
Fotografia © Octávio Passos