Open de Portugal at Royal Óbidos – Lencart não resiste à tempestade e falha o ‘cut’
Pedro Lencart, o único amador a disputar o 58.º Open de Portugal, despediu-se hoje do Royal Óbidos Spa & Golf Resort, depois de regressar logo pela manhã ao ‘fairway’ do buraco 18 para concluir a segunda volta, suspensa ontem, devido às más condições climatéricas, e falhar o ‘cut’ com 150 pancadas, seis acima do Par.
Naquela que foi a segunda participação do jogador do CG de Miramar no torneio da Federação Portuguesa de Golfe, pontuável para o European Tour e Challenge Tour, a trovoada, a chuva e o vento forte, com rajadas na ordem dos 60 quilómetros por hora, levaram à interrupção da prova por duas vezes. Logo pelas 10:05 horas, devido à trovoada, retomando a competição às 14:15, e definitivamente às 16:40 horas, pelo vento forte que não permita a bola parar no ‘green’.
Pelo meio, Pedro Lencart, um dos 81 jogadores dos 126 do ‘field’ a iniciar a segunda volta, jogou até ao terceiro ‘shot’ do buraco 18, sob condições climatéricas adversas, que só permitiram a três jogadores terminar ontem a ronda, entre eles o português Stephen Ferreira, com o melhor resultado do dia, ao jogar uma abaixo do Par.
Após regressar hoje ao campo, às 08:15 horas, para concluir os 36 buracos, Pedro Lencart confidenciou ter ficado um pouco desanimado com a sua exibição.
“O dia de ontem foi bastante difícil. E é um bocado aborrecido voltar ao campo só para dar três ‘shots’, mas as coisas são como são. Estou um pouco triste com a minha prestação, sinto que não joguei o meu melhor, não joguei o que tenho vindo a jogar nos últimos meses e agora é preciso analisar o que aconteceu e perceber o porquê de não ter jogado o meu melhor”, confessou.
Depois de ter concluído a volta inaugural com 73 pancadas, uma acima do Par, e dentro do ‘cut’ provisório, Lencart reconheceu não ter entrado com o pé direito na segunda volta, ao fazer dois duplos ‘bogeys’ nos buracos 1 e 3, “o que pesou muito”.
“Estava com quatro acima em três buracos e depois nunca consegui recuperar. O começo marcou muito a volta, porque acabei cinco acima do Par e vinha com quatro acima nos primeiros três buracos. Depois como o tempo começou a piorar, era difícil fazer ‘birdies’”, contou, após assinar um ‘birdie’ no buraco 9 e dois ‘bogeys’ nos buracos 12 e 17.
Apesar do “início difícil”, o jogador da Seleção Nacional assegura ter “lutado durante a volta toda, sempre a tentar fazer ‘birdies’ e os melhores ‘shots’ possíveis”, mas infelizmente não conseguiu concretizar, como sucedeu no buraco 17 (Par 4), onde com o ‘drive’ e o ferro 8 não chegou ao ‘green’, tal era a tempestade.
“Até me costumo dar bem em condições adversas, mas ontem não foi o meu dia. O meu voo de bola costuma ser mais baixo, o que ajuda nessas condições, e até gosto de jogar com vento. Aliás, as minhas melhores performances foram sempre em sítios com muito vento, como no Reino Unido”, aludindo às vitórias no The Júnior Open, em 2016, e no The Boys Amateur, no ano seguinte, ambos na Escócia.
Para já, “está difícil passar o ‘cut’ no Open de Portugal”, como confessa, mas, além de esperar concretizar esse objetivo na próxima oportunidade, Pedro Lencart vai “voltar para casa, treinar e focar no Campeonato Nacional Absoluto”, que vai decorrer, entre os dias 23 e 26 de setembro, no Oporto Golf Club, em Espinho.
Gabinete de Imprensa da Federação Portuguesa de Golfe
Miraflores, 19 de setembro de 2020
Fotografia © Octávio Passos