João Ramos 6.º no Penina Penina Classic
João Ramos foi o melhor português no 1.º Penina Classic, o segundo torneio do Portugal Pro Golf Tour de 2018/2019, realizado no Penina Hotel & Golf Resort, no Algarve, distribuindo 10 mil euros em prémios monetários entre 51 participantes.
O português de 24 anos foi 6.º classificado, com 141 pancadas, 5 abaixo do Par do Sir Henry Cotton Championship Course, um antigo palco do Open de Portugal, após voltas de 71 e 70, que lhe valeu o prémio de 475 euros.
«Senti-me bem. No primeiro dia acertei 16 greens ‘in regulation’ e hoje (segunda volta) 17. O que me faltou foi mesmo meter mais putts. Mas estou contente com o meu jogo», disse João Ramos à Tee Times Golf, em exclusivo para o Record.
O profissional do Oitavos Dunes, em Cascais, fez 8 birdies em 36 buracos, mostrando que não foi por acaso que este ano, em torneios ainda a contar para a temporada de 2017/2018, no mesmo Penina, foi, em janeiro, 8.º por duas vezes com resultados de -7 e -6; 50.º (+7) e 20.º (-3) em fevereiro; e depois, mais recentemente, em outubro, 7.º (-4) na Final do Circuito PT Empresas, prova do PGA Portugal Tour.
«Penso que sim, é um campo que me convém. Em cinco torneios jogados este ano aqui no Penina tenho um agregado de 13 abaixo do Par (na realidade, -18 de contarmos todos os circuitos)», acrescentou, embora as condições de jogo não estivessem fáceis.
«É um campo antigo com bastantes árvores. A drenagem não estava muito boa, o que fez com que os fairways estivessem um pouco molhados e a bola não rolasse. Não apanhámos quase chuva nenhuma durante estes dois dias e o vento esteve calmo», considerou.
João Ramos tinha sido 17.º (Par) no 1.º Palmares Classic de há cinco dias, o torneio que inaugurou a nova época deste circuito satélite internacional, sancionado pela PGA de Portugal, a Federação Portuguesa de Golfe e Jamega Pro Golf Tour britânico.
Tendo em conta que há exatamente uma semana, o jogador de Cascais tinha sido 3.º classificado (-8) no Campeonato Nacional PGA Solverde em Espinho, fácil é de ver que está a atravessar uma boa fase.
«Para já, apenas quero jogar estes torneios do Portugal Pro Golf Tour e ser consistente nos resultados», referiu, sem pensar em objetivos maiores nos próximos meses, até porque o Challenge Tour só irá arrancar em fevereiro ou março.
Por outro lado, o Portugal Pro Golf Tour tem vindo a ganhar prestígio internacional, não só por oferecer 10 mil euros em cada torneio, mas por todos os campos serem de elevada qualidade, numa altura do ano em que é complicado jogar em alguns locais da Europa.
Basta ver que em 2017 houve um Penina Classic deste circuito ganho pelo inglês Aron Rai, que hoje mesmo venceu o Open de Hong Kong do European Tour, onde Ricardo Melo Gouveia foi 20.º.
«No final desta temporada, após cinco anos de existência, o Portugal Pro Golf Tour vai superar o milhão de euros distribuído em prémios monetários», sublinhou o promotor, José Correia.
«Jordan Smith, Marcus Armitage, Ricardo Melo Gouveia e Pedro Figueiredo são outros exemplos de jogadores do European Tour que venceram provas do Portugal Pro Golf Tour, para além do Aron Rai», frisou o igualmente presidente da PGA de Portugal.
O caso mais recente é o do campeão de hoje (Domingo) deste 1.º Penina Classic, o inglês Sam Hutsby, com 137 pancadas, 9 abaixo do Par, após cartões de 68 e 69, que embolsou dois mil euros de prémios.
Hutsby chegou a ser n.º6 do ranking mundial de amadores, andou três épocas ao mais alto nível no European Tour, venceu o Open do Cazaquistão, um dos Majors do Challenge Tour (em 2014) e sente que o Portugal Pro Golf Tour poderá ser um excelente circuito para recuperar a forma e preparar-se para os circuitos principais daqui a uns meses.
Para além de João Ramos houve mais nove jogadores portugueses a competir no 1.º Penina Classic, mas João Ramos foi o único no top-10.
Eis as classificações e resultados dos portugueses, sendo que Salvador Costa Macedo é amador, desempenha as funções de diretor de golfe no Penina e ainda comenta por vezes golfe na SportTV, um dos parceiros media da PGA de Portugal, tal como o jornal Record:
6.º (empatado), João Ramos, 141 (71+70), -5
15.º Tiago Rodrigues, 143 (71+72), -3
16.º Tomás Bessa, 144 (73+71), -2
18.º (empatado) Ricardo Santos, 145 (71+74), -1
21.º (empatado) Tomás Melo Gouveia, 146 (77+69), Par
21.º (empatado) Pedro Almeida, 146 (74+72), Par
25.º (empatado), 148 (75+73), +2
36.º (empatado) António Sobrinho, 155 (73+82), +9
47.º Alexandre Abreu, 163 (88+75), +17
48.º (empatado) Salvador Costa Macedo, 164 (77+87), +18
Por Hugo Ribeiro
Lisboa, 25 de novembro de 2018