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14º Portugal Masters – TOMÁS BESSA E DOIS RICARDOS PASSAM O CUT E IGUALAM RECORDE

14º Portugal Masters – TOMÁS BESSA E DOIS RICARDOS PASSAM O CUT E IGUALAM RECORDE

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PELA TERCEIRA VEZ EM 14 ANOS E PELA SEGUNDA ÉPOCA CONSECUTIVA, TRÊS PORTUGUESES APURAM-SE PARA AS DUAS ÚLTIMAS VOLTAS NO DOM PEDRO VICTORIA GOLF COURSE. FRANCÊS JULIEN GUÉRRIER COMANDA.

Num dia de dois ‘hole-in-one’, três portugueses passaram o cut no Portugal Masters, fazendo com que se igualasse hoje (sexta-feira) o recorde nacional de mais golfistas nacionais nas duas últimas voltas no Dom Pedro Victoria Golf Course, em Vilamoura, repetindo as épocas de 2012 e 2019.

 
Tomás Bessa e os dois famosos Ricardos do golfe nacional – Santos e Melo Gouveia – foram os heróis desta segunda jornada, sendo que, para Tomás Bessa, trata-se de uma estreia nos dois últimos dias da competição. Um feito alcançado à sua terceira participação no mais importante torneio de golfe português, este ano com um milhão de euros em prémios monetários.

O dia ficou marcado por, genericamente, os resultados não terem sido tão bons como na véspera, sendo um bom exemplo disso mesmo o novo líder, o francês Julien Guérrier, que está bem na frente com 128 pancadas, 14 abaixo do Par, após voltas de 62 e 66. Guérrier, de 35 anos, vencedor de dois títulos do Challenge Tour em 2017, sofreu hoje os seus dois primeiros bogeys na prova, e comanda com uma boa vantagem de 5 pancadas sobre o norte-americano Sihwan Kim (67+66), que hoje carimbou 1 eagle no buraco 17.

«Estou a sentir-me em grande. Parece fácil mas não é voltar ao campo depois de ter feito 9 abaixo do Par na véspera. Estou mesmo contente de ter jogado bem hoje», declarou o francês, que esteve algum tempo lesionado e só regressou à competição há exatamente um ano, em setembro de 2019, tendo estado parado os primeiros oito meses da época passada.

As celebrações desta segunda jornada pertenceram sobretudo a Mathieu Fenasse e Jonathan Caldwell por terem “afundado” os primeiros ‘holes-in-one’ desta 14.ª edição do Portugal Masters. O torneio já tinha festejado seis ‘holes-in-one’ em anos anteriores, mas nunca tinha acontecido dois numa mesma edição – para mais, no mesmo dia.

A grande diferença é que o francês Mathieu Fenasse, que fez o ás no buraco 8, com um ferro-8 a 138 metros, foi eliminado do torneio, com 148 (+6), no grupo dos 113.º classificados em que se incluíram Pedro Figueiredo e Tomás Santos Silva.

O norte-irlandês Jonathan Caldwell, bem pelo contrário, fez o seu ‘hole-in-one’ no buraco 6, com um ferro-4, a 192 metros, e continua bem em prova, no grupo dos 19.º classificados, com 137 (-5).

Caldwell jogou na mesma formação do inglês Jordan Matthew e do português Tomás Bessa. Pois bem, para além do ‘hole-in-one’ do norte-irlandês, também Jordan Matthew fez 1 eagle no buraco 11 e Tomás Bessa somou outro eagle no buraco 17, o seu segundo consecutivo naquele buraco de Par-5. Foi, pois, um grupo de sonho.

«Esta formação hoje estava ‘on fire’. Nunca tinha visto um ‘hole-in-one’, muito menos a jogar um torneio do European Tour, foi qualquer coisa de extraordinário. Celebrámos… como devemos celebrar (com distância física), é uma sensação tão boa de ver a bola a entrar. Depois foi estranho, ele fez parecer o buraco fácil e eu a seguir falhei o green e acabei por fazer 1 bogey. Confesso que foi um bocadinho difícil concentrar-me no meu shot depois de ter visto um ‘hole-in-one’. Preferia ter jogado primeiro e que ele fizesse o ’hole-in-one’ a seguir», reconheceu, sorrindo, Tomás Bessa, de 24 anos.

Felizmente para o campeão nacional, essa pancada perdida no buraco 6, e outro bogey sofrido no 7, para além do bogey no 3, não foram fundamentais para passar o cut. É certo que Tomás Bessa chegou a andar com um agregado de 1 abaixo do Par, portanto, mesmo à queima para passar o cut, mas manteve a cabeça fria, fez birdies nos buracos 4 e 9, e depois sossegou com o tal fantástico eagle no 17. Ter feito oito pares nos nove últimos buracos mostra a nova maturidade competitiva que se lhe reconhece. Há um ano e meio não teria suportado tão bem a pressão. Mas há um ano e meio também não teria sido campeão nacional sem sofrer qualquer bogey em três dias!

«Estou muito feliz por ir jogar os dois últimos dias deste torneio, é a primeira vez no Portugal Masters e é a terceira vez que jogo este torneio. Estou muito feliz porque tenho oportunidade de subir na classificação, disse o profissional da Ping, que ocupa o 26.º lugar (empatado), com 138 pancadas, 4 abaixo do Par, após voltas de 68 e 70. O jogador de Paredes mas residente no Algarve foi não só o melhor português pelo segundo dia seguido, mas, sobretudo, foi o único português a ter jogado os dois dias abaixo do Par, algo, por exemplo, que foi alcançado pelos 11 primeiros classificados do torneio.

Se para Tomás Bessa será uma estreia jogar no fim de semana no Portugal Masters, para Ricardo Santos será a quarta vez, depois de 2010, 2012 e 2018. O português melhor classificado no ranking mundial precisou de 3 birdies nos últimos três buracos, com putts espetaculares de, sensivelmente, 6 metros (buraco 16), 4 metros (17) e 6 metros (18), para evitar a eliminação iminente depois dos bogeys sofridos nos buracos 4, 7 e 12.

«Foi seguramente um dos momentos de maior satisfação da época, por ter terminado desta forma no dia de hoje, e no Portugal Masters. É um momento especial, conseguir dar a volta e tendo em conta que não tenho muito boa memória dos dois últimos buracos… mas hoje consegui supercar isso e estou bastante satisfeito», disse Ricardo Santos, que integra o grupo dos 40.º classificados, com 140 pancadas, 2 abaixo do Par, e rondas de 69 e 71.

Ricardo Santos aludia aos dramáticos fantasmas do passado. Em 2013 falhou o cut por 1 pancada, por ter ido à água no buraco 17. Já no buraco 18 viveu três pesadelos: Em 2011 fez 1 bogey e falhou o cut por 1 pancada; em 2014 foi à água e o duplo-bogey deixou-o de fora do torneio; em 2015 o penúltimo putt ficou a mlímetros de entrar e o bogey valeu-lhe a eliminação por 1 pancada.

A força mental com que hoje dominou todas essas memórias dolorosas é notável. De novo a enfrentar o terrível 18, saiu bem comprido e para o meio do fairway, jogou com segurança para meio do green e “enfiou” um putt de sensivelmente 6 metros. Aos 38 anos, o vice-campeão nacional mostrou que está aí para as curvas e este é já o quarto cut consecutivo que passa no European Tour em 2020.

Entre os portugueses, o campeão dos cuts passados no Portugal Masters é Ricardo Melo Gouveia. É impressionante como o desenho do mítico Arnold Palmer ajusta-se ao jogo do algarvio residente no Reino Unido. Hoje qualificou-se para as duas últimas voltas em Vilamoura pela oitava vez, a sétima consecutiva – verdadeiramente extraordinário para um jogador que tem apenas 29 anos.

Ricardo Melo Gouveia surge no grupo dos 56.º classificados, os últimos a passarem o cut, fixado em 141 pancadas, 1 abaixo do Par. O profissional da Quinta do Lago somou voltas de 69 e 72, e verdade se diga que não esteve verdadeiramente em perigo. Apesar de bogeys nos buracos 4, 7 e 9, e de birdies no 2 e no 5, que mostram um ‘front nine’ atribulado, carimbou depois 1 birdie que sossegou-o com um agregado de 2 abaixo do Par, e o bogey no 18 não provocou-lhe qualquer ansieade.

«O meu jogo está bastante sólido, os shots de ferros, as madeiras, só o drive ainda não está a cem por cento. (…) Apesar de não ter estado tão bem do tee, tive muitas oportunidades para birdie e se tivesse metido mais um ou dois putts a história teria sido outra. Estou com confiança de que neste fim de semana posso fazer duas grandes voltas e vamos a isso», declarou o atleta olímpico português que, em 2017, estabeleceu (juntamente com Filipe Lima) o recorde nacional no Portugal Masters, ao terminar no 5.º lugar.

Filipe Lima que desta feita falhou o cut por 1 única pancada, devido a ter metido a bola na água no buraco 18, custando-lhe um duplo-bogey. O igualmente atleta olímpico nacional, admitiu que jogou bem, mas este erro foi o resultado de não competir desde janeiro.

As classificações dos jogadores portugueses após a segunda volta foram as seguintes:

26.º (empatado) Tomás Bessa, 138 (68+70), -4
40.º (empatado) Ricardo Santos, 140 (69+71), -2
56.º (empatado) Ricardo Melo Gouveia, 141 (69+72), -1
Cut falhado
71.º (empatado) Filipe Lima, 142 (69+73), Par
81.º (empatado) Vítor Londot Lopes, 143 (71+72), +1
113.º (empatado) Pedro Figueiredo, 148 (72+76), +6
121.º (empatado) Pedro Lencart (amador), 149 (72+77), +7
131.º Miguel Gaspar, 156 (82+74), +14

O 14.º Portugal Masters prossegue amanhã (Sábado) com a penultima volta, a partir das 7h50, só com saídas do buraco 1 e agora com grupos de dois jogadores em vez de três.

Ricardo Melo Gouveia sai às 8h20 com o vencedor do Masters da Andaluzia da semana passada, o norte-americano John Catlin; Ricardo Santos arranca às 10h15 com o holandês Wil Besseling, 3.º classificado na semana passada em Valderrama; e Tomás Bessa estreia-se em terceiras voltas do Portugal Masters às 11h10 com o talentoso italiano Guido Migliozzi, um ex-vencedor do Campeonato Internacional Amador de Portugal que, como profissional, já conquistou dois títulos do European Tour no ano passado e na última semana foi 6.º em Sotogrande.

 

Gabinete de Imprensa do PGA European Tour no Portugal Masters

Vilamoura, 10 de setembro de 2020

Fotografia © Getty Images / European Tour

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